Patologias >

Esôfago, Estômago e Duodeno

Dispepsia

Imagem Dispepsia

O que é?

Dispepsia, geralmente designada por má digestão ou gastrite, é um conjunto de sintomas que se manifesta na topografia do estômago (região epigástrica), entre o umbigo e o tórax. Engloba dois subgrupos distintos: por um lado, a sensação de dor ou queimação na região epigástrica e, por outro, a ocorrência de dificuldade de digestão, seja traduzida por saciedade precoce e plenitude pós-prandial. Por saciedade precoce entende-se a sensação de enchimento rápido do estômago após início da refeição, desproporcional à quantidade de alimentos ingeridos e impedindo a continuação da refeição. A plenitude pós-prandial corresponde à sensação desagradável de persistência prolongada dos alimentos no estômago. Náuseas, eructação e distensão do abdome superior estão frequentemente associados. Paciente com doença do refluxo gastroesofágico e síndrome do intestino irritável apresentam frequentemente dispepsia associada.

O aparecimento de sintomas dispépticos é um dos problemas clínicos mais frequentes, afetando mais de 15% da população ocidental dependendo do país estudado. No Brasil, estudos epidemiológicos mostraram que em torno de 40% da população apresentam sintomas dispépticos. Apesar de raramente tratar-se de uma enfermidade maligna, muitos pacientes apresentam sintomas incomodativos que os motiva a procurar de ajuda médica, pois a dispepsia pode prejudicar significativamente a qualidade de vida.

O que causa a dispepsia?

O aparecimento de dispepsia pode resultar de diferentes doenças digestivas, em particular doenças que afetam o estômago e duodeno (primeira porção do intestino). Uma das situações mais representativas é a úlcera péptica gástrica ou duodenal. Esta doença pode resultar do uso de medicamentos, como os analgésicos e anti-inflamatórios. Porém, a maioria dos casos são causados pela infecção do estômago por uma bactéria, o Helicobacter pylori. Em alguns doentes, os sintomas podem ter origem em outros órgãos, surgindo, por exemplo, em consequência de doença pancreática ou de cálculos biliares (pedra na vesícula). É relativamente raro, especialmente e pessoas com idade inferior a 35 anos, que dispepsia esteja relacionada com doenças malignas, como o câncer gástrico. A maioria dos casos de dispepsia é decorrente de um distúrbio o qual pode surgir mesmo sem doenças subjacentes. Esta enfermidade é chamada de dispepsia funcional. Porém, somente seu médico é capaz de diferenciar a dispepsia funcional (condição sempre benigna) de uma doença orgânica (úlceras, tumores, cálculos biliares, etc.).

Quais exames complementares são importantes?

Os sintomas acima referidos não permitem distinguir entre a dispepsia funcional e dispepsia decorrente de doenças orgânicas. Pacientes acima de 50 anos, que apresentam história familiar de câncer do aparelho digestivo ou com “sinais de alarme” como emagrecimento, vômitos com sangue, anemia, febre, massa abdominal palpável ou icterícia sempre serão submetidos a exames complementares. Através da endoscopia digestiva alta se observa diretamente o revestimento interno do esôfago, estômago e duodeno, sendo este o exame mais importante para esclarecer o diagnóstico. Através dela também é possível pesquisar a presença do Helicobacter pylori. Exames laboratoriais (sangue e parasitológico de fezes) e ultrasom abdominal também são importantes no esclarecimento destes sintomas. Estes testes permitem avaliar alguns órgãos que circundam o estômago, como pâncreas, fígado, vesícula e vias biliares. Hoje existem dados consistentes na literatura que demonstram a relação de intolerância alimentar com sintomas dispépticos, em especial à lactose, frutose e glúten. Casos selecionados devem ser avaliados neste sentido. Tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética são utilizadas em situações especiais.

Como é o tratamento?

Se os sintomas de dispepsia são persistentes, a avaliação médica é necessária. Frequentemente não se justifica a realização de exames complementares e prontamente o paciente é orientado e medicado.

As seguintes orientações devem ser sempre seguidas, pois é fundamental para o tratamento:

  • Alimentar-se em local tranquilo;
  • Comer devagar;
  • Evitar refeições volumosas;
  • Dividir as refeições em 5 a 8 vezes ao dia;
  • Reduzir o consumo de alimentos gordurosos, condimentados, ácidos, café, álcool e de qualquer outro alimento que provoque sintomas;
  • Não fumar.

Estas medidas comportamentais e o uso de medicamentos costumam ser suficientes para controlar a sintomatologia. Medicamentos como bloqueadores H2 e inibidores da bomba de prótons diminuem o tempo de acidez intra-gástrica e podem melhor significativamente os sintomas em muitos pacientes. Procinéticos são medicamentos que atuam na motilidade gástrica e podem ser usados nos casos onde a saciedade precoce e plenitude estão presentes. Antidepressivos em baixas doses podem ser utilizados para modular a sensibilidade gástrica, diminuindo a dor. Cada paciente responde de forma diferente a cada medicamento. Pacientes dispépticos com endoscopia normal ou com alterações mínimas que não justifiquem os sintomas, porém com Helicobacter pylori confirmado, a necessidade de erradicação deverá ser considerada. Quando os exames realizados identificarem uma doença orgânica para explicar os sintomas, o tratamento será orientado conforme cada diagnóstico.

Os sintomas podem reaparecer?

A dispepsia funcional é uma enfermidade crônica e recorrente. Os sintomas podem voltar a surgir, mas variam de intensidade e frequência. Em muitos casos, isto não torna necessária a realização de novos exames, podendo ser repetido o tratamento que anteriormente havia resolvido o sintoma. Seu médico pode determinar a necessidade de repetir ou solicitar outros exames. Se surgirem sintomas diferentes, especialmente os sinais de alarme, seu médico deve ser imediatamente informado.

Refluxo gastro-esofágico/Hérnia de hiato

Imagem Hérnia de Hiato

O que é?

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma enfermidade muito comum, atingindo pelo menos 12% da população brasileira. Ela se desenvolve quando o conteúdo do estômago retorna espontaneamente para o esôfago provocando sintomas incomodativos ou lesão (inflamação, erosão, úlcera, etc.).

Existe o refluxo gastroesofágico fisiológico que consiste em uma pequena quantidade da secreção do estômago que retorna ao esôfago e é considerada uma condição normal em pessoas assintomáticas.

Quais os sintomas da Doença do Refluxo Gastroesofágico?

Há dois sintomas clássicos da DRGE:

  • Pirose - popularmente denominada azia - é caracterizada como uma queimação na região do peito.
  • Regurgitação - é o movimento passivo do conteúdo gástrico até a garganta.
  • Esses sintomas ocorrem usualmente após às refeições.

Os sintomas atípicos e condições clínicas que podem ser atribuídas ou estar associadas à DRGE são:

  • Dor no peito;
  • Tosse;
  • Engasgos;
  • Dor ou desconforto na parte superior do abdômen, eructação e náuseas (especialmente se a DRGE está associada à má digestão, conhecida como dispepsia);
  • Problemas dentários;
  • Laringite manifestada por rouquidão, pigarro ou mudança na voz;
  • Doenças pulmonares como asma ou fibrose pulmonar.

Uma vez que sintomas atípicos podem ser causados por doenças mais sérias, inicialmente eles não são atribuídos à DRGE e merecem a avaliação de um gastroenterologista.

Por outro lado, sinais de alarme tais como vômito com sangue, disfagia (dificuldade em engolir), falta de apetite ou perda de peso não intencional diminuem a possibilidade de DRGE e, assim, outras doenças devem ser pesquisadas.

O que causa a Doença do Refluxo Gastroesofágico?

Múltiplos fatores podem causar refluxo gastroesofágico. O mais comum é o ganho de peso excessivo. Além disso, a DRGE se torna mais comum a medida que as pessoas envelhecem.

Pacientes que apresentam hérnia de hiato - deslocamento da parte superior do estômago para dentro do tórax - estão mais predispostos à DRGE.

Alguns alimentos como chocolate, café, bebidas gasosas ou alcoólicas e condimentos em excesso podem induzir a ocorrência de refluxo gastroesofágico. Refeições volumosas também podem provocar sintomas de refluxo.

Quais as complicações da Doença do Refluxo Gastroesofágico?

A DRGE pode prejudicar a qualidade do sono, o desempenho no trabalho e a qualidade de vida em geral. Ela também pode causar dano no tecido que reveste o esôfago ocasionando anemia crônica, estreitamento da passagem de alimento causando disfagia e, muito raramente, o desenvolvimento de câncer de esôfago.

Quais exames diagnosticam a Doença do Refluxo Gastroesofágico e suas complicações?

  • Endoscopia Digestiva Alta – Neste exame, uma pequena câmera acoplada a um tubo flexível é utilizada para visualizar a parte superior do aparelho digestivo (esôfago, estômago e duodeno). Ela pode determinar se a DRGE danificou a parede do esôfago ou condições anatômicas que facilitam o refluxo (por ex.: hérnia do hiato).
    No entanto, a maior parte dos pacientes com DRGE apresentam resultados normais, especialmente se já estiverem em uso de medicação para tratar a doença.
    Pacientes com esôfago de Barrett (alteração da mucosa esofágica secundária ao refluxo acentuado) devem ser incluídos em um programa de vigilância por endoscopia e acompanhados pelo menos anualmente por um gastroenterologista.

  • pHmetria Esofágica Prolongada – Este exame mede a quantidade de refluxo ácido no esôfago e correlaciona a presença da acidez intra-esofágica com o sintoma. Possui excelente sensibilidade para correlacionar a pirose (azia) com a presença de refluxo ácido.
    Ele é utilizado também para excluir DRGE em situações especiais, evitando tratamentos desnecessários.
    O exame requer a colocação de uma pequena sonda através do nariz que vai até ao esôfago e exige pelo menos 16 horas de monitorização. Há disponível em alguns centros a pHmetria esofágica sem sonda, que realiza a monitorização por 48 horas aumentando a sensibilidade do diagnóstico.

  • ImpedanciopHmetria Esofágica – Possui os mesmos princípios da pHmetria, mas demonstra também refluxos não ácidos. Assim, esse exame aumenta a possibilidade de diagnóstico da DRGE e da correlação do refluxo com sintomas atribuíveis a ele, especialmente para regurgitação e tosse crônica. Dessa forma, há um ganho diagnóstico de 30% em comparação com a pHmetria esofágica isoladamente. Também demonstra com exatidão a quantidade de episódios de refluxo que atingem o esôfago proximal.

  • Manometria Esofágica – Utilizada rotineiramente no pré-operatório de casos selecionados para cirurgia antirefluxo a fim de excluir doenças como acalásia ou esclerodermia.

  • Esofagograma – Exame raramente indicado na DRGE. Trata-se de um exame contrastado que utiliza raios-X e monstra alterações anatômicas secundárias ou facilitadoras da DRGE como estreitamentos por fibrose, anéis, hérnias hiatais e paraesofágicas e rotações anormais do estômago que alteram a conduta médica quando é necessária uma intervenção endoscópica ou cirúrgica.

Quais as bases do tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico?

Os primeiros passos são mudanças na dieta e no estilo de vida:

  • Perder peso ou impedir o ganho adicional;
  • Evitar refeições volumosas;
  • Deitar-se apenas 2 a 3 horas após a última refeição;
  • Reduzir o consumo de alimentos que provocam sintomas de refluxo. Apesar de não haver um consenso na literatura sobre uma necessidade obrigatória em evitar certos alimentos, na prática, muitos pacientes relatam a ocorrência dos sintomas após a ingestão de café, alimentos ácidos, bebidas com gás ou alcoólicas, alimentos gordurosos e chocolate;
  • Pacientes com sintomas noturnos devem dormir com a cabeceira elevada e evitar hábitos que impeçam uma boa noite de sono;
  • Soluções com antiácidos podem dar alivio imediato, especialmente da pirose (azia).

Gastrite e úlceras péptica

Imagem Úlceras Péptica

O que é gastrite?

A gastrite é uma condição na qual o revestimento do estômago - conhecido como mucosa - está inflamado.

A mucosa do estômago contém células especiais que produzem o ácido e enzimas, que ajudam a quebrar o alimento para a digestão, e muco, que protege o revestimento do estômago de ácido. Quando o estômago está inflamado, produz menos ácido, enzimas e muco.

A gastrite pode ser aguda ou crônica. A inflamação repentina e acentuada do revestimento do estômago é chamada gastrite aguda. A inflamação que dura por muito tempo é chamada gastrite crônica. Se a gastrite crônica não for tratada, pode durar por anos ou até mesmo uma vida inteira.

A gastrite erosiva é um tipo de gastrite que muitas vezes não causa inflamação significativa mas faz uma lesão superficial do revestimento do estômago. A gastrite erosiva pode causar sangramento, erosões ou úlceras. Ela pode ser aguda ou crônica.

A relação entre gastrite e os sintomas não é clara. O termo gastrite refere-se especificamente à inflamação anormal do revestimento do estômago. Pessoas que têm gastrite podem sentir dor ou desconforto no abdômen superior, mas muitas pessoas com gastrite não têm quaisquer sintomas.

O termo gastrite é usado erroneamente, às vezes, para descrever qualquer sintoma de dor ou desconforto no abdômen superior. Muitas doenças e distúrbios podem causar esses sintomas. A maioria das pessoas que apresentam sintomas abdominais superiores não tem gastrite.

O que causa gastrite?

A infecção pelo Helicobacter pylori (H. pylori) causa a maioria dos casos de gastrite crônica não erosiva. O H. pylori é uma bactéria que infecta a parede do estômago. O H. pylori é transmitido principalmente de pessoa para pessoa. Em áreas com falta de saneamento, o H. pylori pode ser transmitido através de água ou alimentos contaminados.

Nos países industrializados como os Estados Unidos, 20 a 50 por cento da população podem ser infectada com H. pylori.1 Taxas de infecção pelo H. pylori são mais elevados em áreas com falta de saneamento e de maior densidade populacional. As taxas de infecção podem ser superiores a 80 por cento em alguns países em desenvolvimento1. No Brasil, Zaterka et al. Observaram uma taxa de 70%.

A causa mais comum de gastrite erosiva, aguda e crônica, é o uso prolongado de antiinflamatórios não-esteróides (AINEs) como aspirina e ibuprofeno. Outros agentes que podem causar gastrite erosiva são o álcool, cocaína e radiação. Lesões traumáticas, queimaduras graves, doença crítica e cirurgia também podem causar gastrite erosiva aguda. Este tipo de gastrite é chamado gastrite de estresse.

As causas menos comuns de gastrite erosiva e não erosiva são:

Doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca as células saudáveis no revestimento do estômago;

Algumas doenças e desordens do aparelho digestivo como doença de Crohn e anemia perniciosa;

Viroses, parasitas, fungos e bactérias diferentes do H. pylori.

1Lee Y, Liou J, Wu M, Wu C, Lin J. Review: eradication of Helicobacter pylori to prevent gastroduodenal diseases: hitting more than one bird with the same stone. Therapeutic Advances in Gastroenterology. 2008;1(2):111–120.

Quais são os sintomas de gastrite?

Muitas pessoas com gastrite não têm quaisquer sintomas, mas algumas pessoas podem apresentar:

  • Dor ou desconforto no abdome superior;
  • Náusea;
  • Vômito.

Estes sintomas são também chamados de dispepsia. A gastrite erosiva pode causar úlceras ou erosões no revestimento do estômago que podem sangrar.

Os sinais de sangramento no estômago são:

  • Sangue no vômito;
  • Fezes pretas ou como alcatrão (piche);
  • Sangue vermelho nas fezes.

Quais são as complicações da gastrite?

A maioria das formas de gastrite crônica inespecífica não causam sintomas. No entanto, a gastrite crônica é um fator de risco para úlcera péptica, pólipos gástricos e tumores gástricos benignos e malignos. Algumas pessoas com gastrite crônica pelo H. pylori ou gastrite auto-imune desenvolvem gastrite atrófica.

A gastrite atrófica destrói as células do revestimento do estômago que produzem ácidos digestivos e enzimas. A gastrite atrófica pode levar a dois tipos de câncer: o câncer gástrico e o linfoma do tecido linfóide associado à mucosa gástrica (linfoma MALT).

Como é diagnosticada a gastrite?

O exame mais importante para o diagnóstico de gastrite é a endoscopia com uma biópsia do estômago. O médico geralmente dará o medicamento ao paciente para reduzir o desconforto e ansiedade antes de iniciar o procedimento de endoscopia.

Em seguida, insere um endoscópio, que é um tubo fino com uma minúscula câmera na ponta, através da boca ou do nariz do paciente e para o estômago. Ele utiliza o endoscópio para examinar o revestimento do esôfago, estômago e primeira porção do intestino delgado. Se necessário, irá realizar uma biópsia, que é a coleta de pequenas amostras de tecido para exame com um microscópio.

Outros exames utilizados para identificar a causa da gastrite ou complicações são os seguintes:

Seriografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno: O paciente engole bário, um material de contraste líquido que faz com que o sistema digestivo seja visível aos raios-x. Imagens de raios x podem mostrar alterações no revestimento do estômago, tais como erosões ou úlceras. Raramente utilizado na atualidade.

Exame de sangue: O médico pode verificar se há anemia, uma condição na qual a substância do sangue rico em ferro, a hemoglobina, está diminuída. A anemia pode ser um sinal de hemorragia crônica no estômago.

Exame de fezes: Este teste verifica a presença de sangue nas fezes, outro sinal de sangramento no estômago.

Exames para infecção pelo H. pylori: O médico pode solicitar teste respiratório, no sangue ou fezes para detectar sinais de infecção. A infecção pelo H. pylori também pode ser confirmada com biópsias do estômago durante a endoscopia.

Como é tratada a gastrite?

Os medicamentos que reduzem a quantidade de ácido no estômago podem aliviar os sintomas que porventura acompanhem a gastrite e promover a cura do revestimento do estômago. Estes medicamentos são:

  • Antiácidos, como o Alka-Seltzer, Maalox, Mylanta, Simeco plus. Muitas marcas no mercado usam diferentes combinações de três sais básicos - alumínio, cálcio e magnésio - com íons hidróxido ou bicarbonato para neutralizar o ácido no estômago. Essas drogas podem produzir efeitos colaterais como diarréia ou constipação;
  • Bloqueadores H2 da histamina, tais como Famotidina e a ranitidina. Os bloqueadores H2 diminuem a produção de ácido;
  • Inibidores da bomba de prótons (IBPs), como omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, esomeprazol e dexlansoprazole. Os IBPs diminuem a produção de ácido mais eficazmente do que os bloqueadores H2.

Dependendo da causa da gastrite, medidas ou tratamentos adicionais podem ser necessários. Por exemplo, se a gastrite é causada por uso prolongado de AINEs, o médico poderá aconselhar suspender a ingestão do medicamento, reduzir a sua dose ou mudar para outra classe de medicamentos para a dor.

O IBP pode ser utilizado para prevenir a gastrite de estresse em pacientes gravemente enfermos.

O tratamento da infecção pelo H. pylori é importante, mesmo se a pessoa não está tendo sintomas da infecção. A gastrite do H. pylori não tratada pode levar ao câncer ou ao desenvolvimento de úlceras no estômago ou intestino delgado.

O tratamento mais comum é uma terapia tríplice que combina um IBP e dois antibióticos - geralmente amoxicilina e claritromicina - para matar as bactérias. O tratamento também pode incluir o subsalicilato de bismuto.

Após o tratamento, o médico poderá solicitar, quando necessário, um teste de respiração ou fezes, onde estiver disponível, ou, ainda, em nosso meio, novo exame endoscópico com o teste da urease, para certificar-se que a infecção pelo H. pylori desapareceu.

Curando a infecção espera-se curar a gastrite e diminuir o risco de outras doenças gastrointestinais associadas a ela, como úlcera péptica, câncer gástrico e linfoma MALT.

Pontos para lembrar:

  • A gastrite é uma condição na qual o revestimento do estômago está inflamado;
  • O termo gastrite refere-se especificamente à inflamação anormal do revestimento do estômago. No entanto, a gastrite é às vezes erroneamente usada para descrever quaisquer sintomas de dor ou desconforto no abdômen superior. A maioria das pessoas que apresentam sintomas abdominais superiores não tem gastrite;
  • A causa mais comum de gastrite é a infecção pelo H. pylori e o uso prolongado de drogas anti-inflamatórias não esteroides (AINEs);
  • Muitas pessoas com gastrite não têm sintomas. Aqueles que apresentam sintomas podem se queixar de dispepsia - desconforto no abdome superior ou dor e náuseas ou vômitos;
  • O tratamento da infecção pelo H. pylori é importante, mesmo se a pessoa não está tendo sintomas. Se não tratada, a infecção pode levar a úlcera péptica ou câncer.

Fonte: http://www.esadi.com.br

Fonte: FBG.ORG

 

Experiência
que faz a diferença!

O Dr. José Antônio Guandalini Mendes é graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, concluída em 2011.
Na mesma instituição, realizou Residência Médica em Cirurgia Geral, com conclusão em 2013, e Residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo com atuação em Endoscopia Digestiva, concluída em 2015.

Veja o currículo completo do Dr. José Antonio